2016 - Os Melhores do Ano por MARCO PAIM

Olha, não foi fácil! 2016 foi um ano prolífero dentro do cenário rocker e metal no Mundo, porém, no Brasil a coisa não foi tão boa assim a não ser para a cena mais extrema, que cresce a cada ano, vide minha lista de álbuns Nacionais, que este ano está pequena.

Obviamente, levo em conta meu gosto musical, já que se trata de minha lista, não quer dizer que outros trabalhos não sejam bons, cada um tem sua opinião. Nada impede que eu acrescente alguns e até mude posições conforme vou tomando conhecimento.

Dos álbuns internacionais, a lista tá bem maior que em 2015 e, ainda assim, deixei muito trabalhos de fora, como CHARRED WALLS OF THE DAMNED, GLENN HUGHES, RAGE e muitos que nem tive tempo de escutar, é muita coisa boa. Confere aí:

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INTERNACIONAIS
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1º - FATES WARNING - "Theories of Flight"


Não sou um fervoroso fã da banda. Na verdade, não curto muitas coisas que eles fizeram, mas sempre tive muito respeito. Porém, quando ouvi este novo álbum pela primeira vez não pude conter a surpresa. É uma das melhores coisas que ouvi nesta década! Inspiração, bom gosto e fidelidade sonora, são as palavras que definem este álbum. A voz de RAY ALDER está melhor do que nunca! Fico seguro em dizer que este é um daqueles álbuns que gostaria de ter EU gravado.





 - TESTAMENT - "Brotherhood of the Snake"


Outra banda que nunca acompanhei como fã, mas como admirador. Fiquei realmente na dúvida sobre estes 2 álbuns, sobre qual seria o melhor de 2016 (pra mim), o que prevaleceu, na realidade, foi meu gosto musical, já que o álbum acima é mais o que eu costumo ouvir. Mas "Brotherhood of the Snake" é uma das melhores coisas que ouvi nos últimos tempos em termos de thrash metal. Os caras estão com "fogo nos zóio" nesse álbum, sem falar na inspiração que transborda a cada riff. É um tijolaço atrás do outro, faixa a faixa. E os vocais de CHUCK estão particularmente fenomenais!




- BLAZE BAYLEY - "Infinite Entanglement"



""Infinite Entanglement" é um álbum conceitual, segundo BAYLEY em algumas entrevistas, o primeiro de uma trilogia. O álbum conta a história de William Black, um cara que, dentre 7000 selecionados, foi o escolhido para a “maior e mais longa missão espacial da história da humanidade”. No decorrer da jornada, William passa a se questionar se é mesmo um ser humano ou se é uma máquina; para isso, além das letras, o disco conta com breves inserções narrativas nas composições." - Leia a RESENHA



- ANTHRAX - "For All Kings"


"E o tempo voa, e mesmo com a baixa no line-up, com a saída do criativo guitarrista e produtor ROB CAGGIANO, a banda não perdeu o pique e lança o que deve ser encarado como uma sequência bem sucedida do ótimo "Worship Music" (2011). A sonoridade técnica é a mesma do anterior, já que a produção ficou novamente nas mãos de JAY RUSTON, mas musicalmente, temos uma banda resgatando mais o seu lado thrash de antigamente, em muitas passagens." - Leia a RESENHA




 - METAL CHURCH - "XI"


"O que temos em "XI" é uma verdadeira aula de metal tradicional, com muita, mas muita pegada de anos 80, porém com o peso e o tempero dos anos 2000. Sem contar que a produção é primorosa, como deve ser, com um bom gosto ímpar nas composições e nos timbres." - Leia a RESENHA




- SANTANA - "IV"


""Santana IV"... este título não poderia ter sido melhor para explicar e sintetizar a sonoridade deste álbum. CARLOS SANTANA deixa de lado o direcionamento musical enfadonho e extremamente comercial das últimas 2 décadas (ou 3..) e resgata de forma magistral suas essências, suas raízes... na verdade, em "Santana IV" você encontra 16 faixas de pura magia e bom gosto, onde todas as músicas soam de forma cativante..." - Leia a RESENHA




- PRIMAL FEAR - "Rulebreaker"


A banda não fez muita coisa de diferente do seu antecessor, "Delivering the Black" (2014). A banda manteve a mesma fórmula e por isso mesmo que adorei o álbum. Heavy metal puro! Um álbum que mantém vivo a chama do estilo em sua mais crua expressão. O vocal de RALF SCHEEPERS então, parece vinho, que quanto mais envelhecido, melhor fica.




- METALLICA - "Hardwired... To Self-Destruct"

"Quem me conhece sabe que não morro de amores pelo METALLICA, não os acompanho de perto, mas respeito o trabalho e importância da banda para a história da música pesada. Agora, uma coisa é certa: Não me impressionava com o METALLICA desde o lançamento do "Black Álbum". Até mesmo por não ser tão fã da banda, talvez eu tenha essa visão mais imparcial sobre o trabalho, analisando-o mais em sua individualidade, sem comparações" - Leia a RESENHA




9º - BRAINSTORM - "Scary Creatures"


O BRAINSTORM não decepciona, mas também não surpreende no novo álbum. Apesar disso, "Scary Creatures" é outro álbum que valoriza a excelente e fidelíssima discografia da banda. Exceto por algumas composições que flertam com um som mais moderno, a essência da banda está praticamente intocável, deixando seus fiéis fãs, como eu, satisfeitos.




10º - DENNER / SHERMANN - "Masters of Evil"


"DENNER e SHERMANN ainda impressionam com riffs de absurdo bom gosto, demonstrando que entrosamento entre ambos continua afiado... Num primeiro momento, as letras satanistas me deixaram com um pé atrás, depois, acompanhando calmamente, percebi que se tratava de metáforas, mais num sentido sentimental, aí deu pra apreciar melhor, já que a parte instrumental é incrível. "Masters of Evil" é um registro nostálgico dos melhores momentos da banda MERCYFUL FATE, como se para DENNER e SHERMANN o tempo não tivesse passado" - Leia a RESENHA




11º - LAST IN LINE - "Heavy Crown"


O que a banda tenta aqui, mesmo dizendo que não, é recriar a atmosfera dos primeiros álbuns da banda DIO, até a produção s encarregou de tentar recriar a sonoridade. VIVIAN CAMPBELL continua mostrando por é considerado um dos grandes guitarristas da história e ANDREW FREEMAN não é lá um grande deus da voz, mas canta super bem, ótimo timbre e drives, uma grande revelação.




12º - MEGADETH - "Dystopia"


Como há muito tempo não se via, temos um MEGADETH revigorado e inspirado. Não sei se foi a entrada de KIKO LOUREIRO na banda e suas incríveis linhas melódicas e solos, dando um tempero extra ao prato principal, só sei que o bicho pega nesse álbum. Timbragem fodástica, riffs fodásticos e um vocal agressivo na medida certa. O problema é que a partir da metade do álbum, por algum motivo (que até sei...), a coisa fica um pouco massante e chata... Mesmo assim, é um bom álbum.




13º - TARJA - "The Brighdest Void" e "The Shadows Self"


A voz de TARJA continua sendo muito relevante e ela, por si só, que já se tornou um ícone do symphony metal, já vale a pena os dois álbuns. Este novo registro alterna momentos de muito peso com orquestrações e isso vale para o estilo vocal, que alterna entre o "normal" e o lírico. O problema apenas reside na apelação comercial de algumas faixas, fora isso, vale a pena ouvir.




14º - OPETH - "Sorceress"


Tenho acompanhado o OPETH desde o lançamento de "Heritage" (2011) e antes disso não gosto de muita coisa, até mesmo por conta da parte mais death/black da banda. O estilo de som que o grupo faz hoje é mais agradável aos meus ouvidos, já que sou um apreciador do rock progressivo setentista. Mas enfim... "Sorceress" é um bom álbum, seguindo a linha de "Pale Communion" (2014), só não está algumas posições acima pois os álbuns acima são realmente fodásticos!




15º - KANSAS - "The Prelude Implicit"



Tirando a música "Rhythm in the Spirit" - que realmente não entendi o propósito dela e até a deletei do arquivo digital - o restante do álbum é um revisitação do que há de melhor no que o KANSAS fazia nos anos 70. Até a sonoridade do álbum nos remete muito à época. Até mesmo os vocais do "novato" RONNIE PLATT foi um achado e tanto, já que, além de cantar maravilhosamente bem, ainda lembra os vocais de WALSH m muitos momentos, deixando tudo ainda mais nostálgico. Um baita registro, levando em conta que não havia nada relevante há pelo menos 2 décadas.





16º - SPIRITUAL BEGGARS - "Sunrise to Sundown"


A banda repete exatamente a fórmula do anterior "Earth Blues' (2013). Apesar de ser um trabalho com ótimas e bem construídas músicas, faltou inspiração e originalidade. Não que a banda nunca fora uma "chupação" de grande nomes do classic rock, mas aqui, algumas músicas beiram o plágio. Meeeesmo assim, tem seu lugar especial na lista, com certeza, vale a audição.





17º - BLACK SABBATH - "The End"



O EP é bom, com músicas que poderiam ter entrado no álbum "13". Você percebe que é exatamente do que se trata esse álbum, de sobras e tentativas, versões quase clones de músicas do álbum full. o legal é coloca-lo junto no playlist e ouvi-las de uma vez como se fosse tudo do mesmo trabalho. Um belo registro para terminar uma era.




18º - ZAKK WYLDE - "Book of Shadows"



Totalmente acústico e com uma sonoridade puxando para o folk, blues e o stoner, "BOS" é um belo registro para relaxar, pois 90% das músicas são baladas. De guitarra, o máximo que você vai ouvir é alguns solos com uma distorção discreta. Se você quer tirar um tempinho para refletir ou ler aquela biografia que está adiando há tempo, colo este álbum para ouvir e viaje.





19º - AVENGED SEVENFOLD - "The Stage"


Pensei comigo: "Vou dar uma ouvida...". E não é que gostei do que ouvi? O Estilo da banda até que me agradou neste novo título. ele até surpreende em muitos momentos pela criatividade e principalmente pela técnica dos guitarristas, que fazem solos realmente incríveis. Não curto muito o vocal e a produção deixou o som meio baixo. Infelizmente, com todas as pérolas acima, este não tem como ficar numa posição mais privilegiada.



20º - MAGNUM - "Sacred Blood 'Divine' Lies"



Sem surpreender, como aconteceu com o anterior "Scape From the Shadow Garden" (2014), o MAGNUM tenta a mesma fórmula, mas sem muito sucesso esperado. Apesar disso, é um álbum agradável de se escutar e vale estar na lista já que a voz de Mr. CARTER já vale o álbum.




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NACIONAIS
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 - ANCESTTRAL - "Web of Lies"


"Difícil mesmo foi destacar músicas nesse álbum pois, cara, não tem uma só faixa ruim aqui e é por isso recebe a nossa nota máxima. "Web of Lies" é um álbum para ficar nos anais da história do metal brasileiro e acho muito estranho não ver tanta repercussão com o seu lançamento como deveria. Um álbum perfeito, do começo ao fim, desde a parte musical e lírica, até sua arte e produção. Mais que recomendado, obrigatório!!" - Leia a RESENHA




- ATTRACTHA - "No Fear to Face What´s Buried Inside You"


"O ATTRACTHA acaba de lançar o “No Fear to Face what’s Buried Inside You”, seu primeiro full lenght e a diferença de um trabalho a outro é facilmente perceptível. Pra começar, temos o vocal de CLEBER KRICHINAK, com muito mais drive e graves que o seu antecessor (Marcos De Canha). Além disso, aqui a banda deixa um pouco de lado o metal tradicional e as influências classic rock do primeiro EP e adiciona muitas e muitas toneladas de peso." - Leia a RESENHA




- LUIS KALIL - "Sunset Daredevil"



"...temos um garoto inspirado e com muito bom gosto lançando mais um grande trabalho na história do rock/metal brasileiro. LUIS KALIL, volto a dizer, é uma das melhores surpresas que apareceram no país em décadas. Então corra atrás de seu exemplar, ouça "Sunset Daredevil" com muita atenção e se emocione com suas melodias." - Leia a RESENHA




- HIBRIA - "XX" EP


O novo trabalho do HIBRIA é excelente e só confirma a fase incrível que vive a banda. A sonorida de "XX", além do power metal, também traz muitos flertes com o groove e funk nas composições inéditas. Além disso, temos algumas versões ao vivo de clássicos, uma porradaria. Confira o clipe:




- MARENNA - "No Regrets"


"Feeling, técnica e musicalidade, muito esforço, dedicação e enfim, talento nato! Sim, estas são as palavras que melhor definem um músico de nível estratosférico como RODRIGO MARENNA. "No Regrets" é uma aula de hard rock e criação de belos refrões, além de um desfile de bom gosto. Se o MARENNA fosse uma banda gringa já tinha explodido há muito tempo e se tornado um grande nome no cenário mundial, mas como é brasileiro, a luta é mais árdua e talvez, por isso mesmo, a recompensa será muito maior. E torço por isso!" - Leia a RESENHA



- ABRASION - "Leave Your Mark"


""Leave Your Mark" me surpreendeu neste momento, no final do segundo tempo. Pena a gente não tomar conhecimento destes incríveis lançamentos nos momentos certos. Essa pegada cativante da banda, onde o bom gosto e a musicalidade prevalece acima de tudo, empolga. Além disso, as músicas não são tão longas, o que torna a audição do álbum agradável". - Leia a RESENHA




7º - POWERFULL - "Warrior Soul"


O estilo de "Warrior Soul" é basicamente influenciada pelo metal tradicional com alguns flertes de Hard Rock (mas muito pouco). A produção do álbum é muito boa, com uma sonoridade áspera e simples, porém, com uma alta dosagem técnica dos músicos, já que, pra começar, o vocalista da bagaça é ninguém menos que o grandioso e veterano MARIO PASTORE

- OSSOS - "Músicas de Funeral" EP



"Com seu Crossover visceral, nervoso e venenoso, os conterrâneos do OSSOS lançaram neste ano o seu EP "Músicas de Funeral", trazendo 5 faixas já conhecidas pelo púbico local, mas que não haviam sido disponibilizadas oficialmente num mesmo trabalho, com produção independente. As músicas, que são ótimas, bem compostas, bem trabalhadas e precisamente gravadas." - Leia a RESENHA




- MINISTÉRIO DA DISCÓRDIA - "Abismo"


Baita banda!! Um HeavyRock recheado de agressividade e letras inteligentes cantadas em português, pra não restar dúvidas. Fiquei realmente impressionado com a criatividade do grupo, pois quando se fala em metal ou rock em português, na maioria das vezes, você encontra riffs genéricos, melodias genéricas, escalas blues e pentatômicas previsíveis, mas isso não se aplica em "Abismo". Se não conhece ainda, vá atrás que não vai se arrepender.



10º - ALMAH - 'E.V.O"


O álbum mais "Angra" do ALMAH (Risos). Ora, mais é exatamente essa a impressão que este álbum me passa. Com certeza ele estará figurando entre os melhores - senão o melhor - álbuns nacionais neste ano. Obviamente não é minha opinião, mesmo assim, tenho que concordar que este trabalho está muito bom. EDU FALASCHI aparentemente em ótima forma, músicas bem compostas, uma produção impecável e a nova formação mostrando a que veio. Porém, a mudança na sonoridade é sentida, algumas passagens são um pouco "bunitinhas" demais pra mim, perdeu-se um pouco daquele peso e força de outrora.




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DECEPÇÕES
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DREAM THEATER - "The Astonishing" - 5,0

Talvez funcione ao vivo, com encenações e todo um contexto teatral (Me parece até que e eles estavam tocando-o na íntegra ao vivo mesmo). Mas a audição deste trabalho é muito massante e entediante.


YNGWIE MALLMSTEEN - "World of Fire" - 00

Um dos mais chatos e mal produzidos álbuns de todos os tempos! Ever!!





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(Editor / Redator / Músico)



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