[Resenha] HEAVIEST - "Nowhere" (2015)

(Editor / Redator / Músico)
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Não é de hoje que sou muito fã do grande Mario Pastore e quando fiquei sabendo que ele entrara em uma nova banda e, o melhor de tudo, estava muito feliz e satisfeito com os rumos que o grupo tomava (ele deixou sempre muito claro em seus posts em redes sociais), fiquei na expectativa de um outro "tijolaço" no metal brasileiro.
A estreante HEAVIEST traz em "Nowhere" um som moderno, porém com muita influência dos anos 90, de bandas variadas, desde o thrash, tradicional ao flerte com o prog mais pesado. As guitarras de Guto Mantesso e Márcio Eidt são precisas e entrosadas, com ótimos solos e momentos ao longo do play. E a cosinha não fica para traz, o baixista Reanto Dias e o baterista Felipe Perini estão cravados nas levadas. Mario Pastore, por sua vez, novamente faz um trabalho exemplar e digno de nota. Mas o que mais chama a atenção neste álbum é a agressividade na voz de Mario, onde ele explora muito os drives (em alguns momentos quase guturais), uma nova faceta de Mr. Pastore que se revela, sem deixar de lado, é claro, seu estilo inconfundível de cantar, com vocais limpos e altos, além de agudos incríveis que aparecem surpreendendo aqui e ali

Destaques
O álbum começa com a ótima "Buried Alive". Pesada, ela tem uma levada digna para headbangers e traz um som pesado ao estilo FIGHT e PANTERA. Logo depois, seguindo a mesma linha. vem "Dicisions", arrastada e com uma ótima levada. (A melodia vocal me lembrou muito a música "Believil" do Bruce Dickinson). Destaque para o ótimo e criativo solo de guitarra. É uma sonzeira só!
Depois vem o primeiro single da banda, "Nowhere", uma música que flerta um pouco (só um pouco) com o prog metal, mas que é metal puro em sua essência. Confira o clipe abaixo:



"Betrayed" começa climática para logo depois entrar um som cadenciado e convidativo, daqueles pra você sair quebrando o pescoço. Apesar da música ser ótima, quando chega ao refrão, soa um pouco estranho. Os harmônicos incomodam um pouco...
Vê-se que o PANTERA realmente é uma das maiores influências da banda, e disso temos certeza em "Crawling Back", desde o instrumental, com riffs totalmente Dimebag, aos vocais, onde Pastore encarna Anselmo no melhor estilo. Seguindo esse conceito, temos a ótima "Time", que começa pesadíssima e mantem um nível técnico altíssimo, com ótimos riffs. Aqui o baixo de Renato Dias se destaca, inclusive, com um momento só seu antecedendo o solo de guitarra. Mario Pastore destrói nesta faixa, ele praticamente mostra todos os seus dotes em 5:34 min de música.
Fechando os meus destaques, vem a sonzeira "Resurrection"! Que pegada de guitarras meu amigo! Essa música tem um clima Dickinson/Blaze solo, com levadas interessantes e empolgantes. Nesta música, Felipe Perini tem seu momento e não desperdiça, com levadas tribais e frases criativas, um ótimo baterista. Porém, ele não está mais na banda, saiu após as gravações dando lugar a Vito Montanaro, que é tão competente quanto.

"Nowhere" é uma estreia em grande estilo, um ótimo cartão de visitas. Um trabalho que transpassa um cuidado nas composições e muito bom gosto musical dos envolvidos. Outra grande cartada da banda foi a aquisição de Mario Pastore, que com toda a cancha que tem, conseguiu elevar ainda mais o álbum a um nível superior a uma estreia comum. Eu recomendo!!

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HEAVIEST - "Nowhere" (2015)
Tracklist
01. Buried Alive
02. Decisions
03. Nowhere
04. Betrayed
05. Crawling Back
06. Torment
07. Time
08. Resurrection
09. Finding a Way
10. Land of Sin

Line-up
Mario Pastore - voz
Guto Mantesso - guitarra
Marcio Eidt - guitarra
Renato Dias - baixo
Felipe Perini - bateria






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