[Resenha] POP JAVALI - "The Game of Fate" (2014)


A pouco mais de 1 ano a banda paulista PAP JAVALI lançava seu novo álbum, "The Game of Fate" e logo em seguida era considerado uma revelação do hard rock nacional, fazendo shows ao lado de ninguém menos que Dr. SIN. Infelizmente, eu só tive a oportunidade de ouvir o álbum em sua integridade agora, por isso essa resenha um pouco tardia.

De cara, a sonoridade do POP JAVALI causa uma certa estranheza, principalmente com o timbre vocal de MARCELO FRIZZO, que é muito peculiar e fora do estereótipo "Coverdale/Axl/Vince Neil e etc..." de muitas bandas de hard, com sua voz aguda e limpa, - em muitos momentos ele lembra Geoff Tate (Operation Mindcrime, ex-Queensryche), aliás, muitas músicas me lembraram o Queensrÿche  dos anos 90, com muita melodia e técnica.

Além de FRIZZO, que também é um excelente baixista, temos JAÉDER MENOSSI, um guitarrista que "se destaca na multidão", podemos dizer assim, o cara tem muita técnica e feeling de sobra, além de um ótimo bom com o timbre de seu instrumento. E LOKS RASMUSSEN, que não fica para traz com sua técnica visceral e criativa, o cara "senta a pua" mesmo, - lembrando muito bateras do calibre de Ian Paice (Deep Purple)

Dentre as 11 faixas que compõem o álbum, o meu primeiro destaque vai já para a segunda faixa, "Healing No More", um som empolgante bem ao estilos anos 80, (vide Europe e Queensryche). E aqui você já percebe o que disse antes de JAÉDER, o cara é foda! E que refrão hein? Ela ganhou um videoclipe, confira abaixo.

Com um riff pesadíssimo, daqueles de estremecer os falantes, vem a "Mindset", e novamente tenho que mencionar; isso é muito QUEENSRYCHE, essa música poderia estar no "Q2K" ou "Hear In The Now Frontier" sem problemas, e isso não é nem de longe ruim, pelo contrário, a música é massa pra caramba!!

"Free Men" começa mais heavy, para depois alternar com a melancolia em uma vibe mais mística nos momentos vocais. É uma sonzeira, com um refrão marcante e um solo de guitarra de arrepiar os cabelos.

Mais arrastada, vem "Time Allowed", um som mais puxado para o progressivo. Com sua voz única, FRIZZO deixa o refrão da música ainda mais interessante e atmosférico, alternando backings entre o uníssimo e intervalos. Muito bom.

Pesada e atmosférica vem "A Friend That I´ve Lost". uma das melhores músicas do álbum, tem uma energia ímpar. Com um riffs pesado e cravado, alterna levadas e harmonias onde todos os músicos se destacam de maneira uniforme, créditos para o ótimo trabalho de produção.

E para fechar o álbum, "The Game of Fate" vem recheada de levadas, com ótimos trabalhos vocais e uma banda arregaçando com riffs, solos e um batera que não perde o pique e nem cede a paulada, fechando com chave de ouro.



Ou seja, tudo o que foi noticiado e falado sobre a banda é verdadeiro, os caras realmente mandam ver em um hard técnico (apesar de os considerar mais na linha classic e prog) de muita qualidade. "The Game of Fate" é um lançamento que fica cravado na história do rock nacional como uma grande referência. Recomendadíssimo!!


NOTA - 9,0
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POP JAVALI - "The Game of Fate" (2014)
Faixas
01. Lie to Me
02. Healing No More
03. Mindset
04. Road to Nowhere
05. Free Men
06. Time Allowed
07. A Friend That I´ve Lost
08. Wrath of the Soul
09. Enjoy Your Life
10. I Wanna Choose
11. The Game of Fate

Formação
Marcelo Frizzo - voz, baixo
Laéder Menossi - guitarra
Loks Rasmussen - bateria



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