[Resenha] DEEP PURPLE - Show - Araújo Vianna - Porto Alegre/RS (15/11/14)

[RESENHA] Por GERALDO ANDRADE


Show de um gigante do rock jê é bom, imagina se esse show for na sábado? A palavra para definir isso é: Perfeito.

Foi assim que recebi alguns meses atrás, a noticia de que o DEEP PURPLE faria mais uma tour pelo nosso Brasil, e para minha alegria, Porto Alegre estava no roteiro, imagina a alegria de poder voltar a ver o PURPLE pela terceira vez? Como sempre, bem antecipadamente garanto meu transporte e passagem com a Rupestre Turismo, isso garantido, agora seria só esperar o dia chegar.

E finalmente chegou o sábado, 15 de Novembro de 2014, e para minha alegria, um lindo dia, com muito sol e céu azul, a noite prometia ser das mais especiais.

Dois ônibus saem de Caxias do Sul, às 17 horas, rumo a Porto Alegre, seriam 120 km de uma grande expectativa, a viagem é perfeita, com muito PURPLE rolando no Dvd do ônibus, muita conversa, alguma cerveja bem gelada e muitos amigos, não tem como não ser uma viagem perfeita.

Chegamos a capital às 19 horas e 15 minutos, o show estava marcado para as 21 horas, ainda teríamos 2 horas para encontrar amigos, beber um pouco. Chegando ao Araújo Vianna, já tínhamos um bom público, e tranquilo público, porque quem estava com ingresso na mão, tinha seu lugar garantido e marcado, você poderia entrar a hora que quisesse, pois seu lugar estaria lá. Era minha volta ao Auditório, ultima vez que tinha pisado no Araújo Vianna, tinha sido lá nos anos 80, não me lembro em qual show (risos), ele ainda não era coberto e não era o que é hoje em dia, um dos melhores locais de shows de Porto Alegre.


O público era a maioria de senhores e senhoras, com seus cabelos brancos, mas, com a velha paixão pelo rock and roll, que certamente nunca vai acabar acompanhados de filhos, netos, era muito bonito de ver, como sempre digo o rock and roll nunca vai morrer, é uma paixão que passa de pai para filho, de avô para neto.

Entro no Araújo Vianna às 20 horas e 40 minutos, perdi o show da banda de abertura, que eu nem sabia que ia ter (risos), logo procuro saber onde seria o meu assento, sou informado pelo pessoal que dava informações, onde seria o meu local, chego e já vejo que teria uma ótima visão do palco, aliás, de qualquer lugar que você sentar no Araújo, você vai pode assistir o show, o auditório está muito bonito, coberto, muito bem sinalizado, uma perfeita casa de shows, outros shows podem ser muito bem feitos no Araújo, um local que não deixa nada a desejar, muito bom!

Faltando 10 minutos para o inicio do show, somos avisados “o espetáculo vai começar dentro de alguns instantes”, os atrasados de plantão começam a chegar e sentar nos seus lugares.

Pontualmente 21 horas ao som de “Mars, the Bringer of War”, era o aviso de que o show tinha começado, para alegria de todos ali presentes, que vão à loucura, e de cara já somos presenteados com o clássico “Highway Star”, o Araújo Vianna quase vem abaixo, os “dinossauros” estão ali, ao vivo. Na sequencia somos presenteados com “Into the Fire”, “Hard Lovin’ Man” e “Strange Kind of Woman”.


Ver Gillan, muitos vão dizer que não mais o mesmo vocal, bla, bla, ao vivo, é algo que é único, um dos maiores frontmans que o rock and roll já conheceu, ele tem carisma, tem o público em suas mãos, esbanja simpatia, quem vê Ian Gillan ao vivo, jamais vai esquecer.

Logo temos a pesada “Vincent Price”, do álbum “Now What?!”, que música perfeita, que mostra que o PURPLE está cada vez mais vivo e forte. Onde Steve Morse mostra que é um dos maiores guitarrista do rock mundial, definitivamente Morse é um dos melhores guitarristas que a banda teve. Assistindo ele tocar ao vivo, na hora do solo, é algo que te deixa de boca aberta, e você pensa, como uma pessoa pode fazer aquilo com uma guitarra. Morse foi um show a parte!

Ainda tivemos “Contact Lost”, “Uncommon Man”, “The Well-Dressed Guitar” e “The Mule”. Muitas pessoas não gostam de solos durante os shows, confesso que sou uma delas, mas, os solos de cada músico de DEEP PURPLE, é algo fora do comum, que lhe faz mudar de ideia na hora. Ian Paice, praticamente destruiu sua bateria, o cara é uma lenda, um “monstro”, um deus da bateria, o seu solo fez o Araújo Vianna tremer, e mais legal de tudo, durante o solo, as luzes se apagam, e Paice, começa a tocar com uma baqueta com luzes nas pontas, foi bonito de ver aquelas luzes, vermelhas, verdes, azuis, amarelas, se movimentando na velocidade da batida de Ian, mais um show a parte.

A clássica “Lazy” é outra que leva a galera a loucura, e na sequencia temos “Hell to Pay”. Todas as 3.500 pessoas já estavam emocionadas com a apresentação do PURPLE até o momento, ninguém imagina que a maior emoção da noite viria depois que Gillan, apresenta Don Airey para seu solo, e ele “simplesmente toca o hino Rio-Grandense, imagina a emoção de todos ali presente, ele tocando e todo Araújo Vianna cantando o hino, junto com Don, uma das maiores emoções que já vivi em um show de rock, foi de arrepiar, de encher os olhos de lágrimas, pura emoção a flor da pela, só digo uma coisa: Obrigado Don Airey!

A partir daí o bicho pegou, a coisa ficou maravilhosa, quando Don Airey começa com a introdução de um dos maiores clássicos da banda, o hino “Perfect Strangers”, as pessoas gritavam, pulavam, sorriam, e um poderoso som vinha do palco do Araújo, foi mais emoção.



A sequencia é de matar cardíaco, ainda mais a parte idosa do público (risos), a minha favorita “Space Truckin’” e o maior clássico da banda, “Smoke on the Water”, me fazem ir às lágrimas, já vi a banda 2 vezes antes, mas, é emocionante ver esses senhores, firmes e fortes, em cima de um palco, nos proporcionando esses momentos inesquecíveis. Era o final, a banda se despede, agradece o público, e todos ficam ali gritando “Deep Purple, Deep Purple, Deep Purple”!

A banda volta para o tradicional bis, são ovacionados na volta, foi bonito de ver o sorriso estampado no rosto daqueles 5 senhores, era emoção para todo lado. Voltam com “Goin’ Down” e mais uma das minhas favoritas, e acho que de muita gente que estava lá presente, pois todos cantam a maravilhosa e grudenta “Hush”.

Final? Ainda não, faltava o solo dele, Roger Glover e seu poderoso baixo, ele simplesmente dominou o público durante o solo, fez todos baterem palma, pularem e mais uma vez, ficarem de bocas abertas, por mais uma aula.

Faltava algo, uma música, e para delírio de todos, a banda fecha com o que faltava, o clássico dos clássicos, “Black Night”, todos pulavam, cantavam, se abraçavam, riam, foi um fechamento de show em grande estilo, um show que certamente é um forte candidato a melhor show de 2014, e não foi um show de uma “bandinha da moda”, foi o show de um dos dinossauros do rock, um dos precursores desse estilo que tanto amamos, como digo, os dinossauros vivem!

O show termina às 22 horas e 50 minutos, cedo, muito cedo, um show sem atraso e começando pontualmente no horário, mostra que se o show é bom, não precisa esperar até altas horas da madrugada para começar, isso é DEEP PURPLE, isso é rock and roll.


Hora de pegar a estrada de volta a Caxias do Sul, 2 horas para descansar e dar aquela dormida básica, depois de um show que vai ficar na memória de muita gente, quem não foi, perdeu um show histórico!

Que venha o próximo! 






Comentários

  1. Para quem quiser relembrar ou ter ideia de como foi! http://www.youtube.com/watch?v=sKg3JFXM1hA

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