PAULO SCHROEBER: Homenagem

[ESPECIAL] Por Marco Paim

Última vez que nos encontramos, ainda neste ano (2014)
O corte foi fundo e a ferida vai demorar a cicatrizar. Não vou contar a sua história pois isso todos já conhecem, já contam... mas vou contar um pouco do que ele representou pra mim.

Pra começar, ele foi meu primeiro professor de guitarra, por indicação de meu amigo/irmão Niuton Paganella, antes dele eu era autodidata. Apesar de poucos meses que frequentei suas aulas, aprendi muito (apesar de ainda não tocar bosta nenhuma), principalmente sobre harmonia e composição, e isso foi lá em 1997. 

Tributo a Aliança Rebelde (2014)
Mas o que mais valeu foi a amizade que construímos, onde as aulas que começaram com 40 min de duração se estenderam a mais de 2 horas, que ele sempre fazia questão de lembrar com carinho em nossas confraternizações. Desta época, lembro que o cara já era um absurdo. Lembro que pedia pra ele: "Oh Paulo, curto pra caramba a música do Jason Becker, a "Mabel's Fatal Fable". Como é que o cara faz aquilo!?", então ele pegava a guitarra, e dizia, "hum... Acho que é assim..." e simplesmente executava a parte mais foda da música na minha frente, de uma forma tão fácil como se estivesse bebendo um copo d`água. De lá pra cá, foram muitas história, festas, bebedeiras, parcerias e até mesmo discussões, mas que logo se resolviam...pois ambos tínhamos personalidades fortes, apesar de eu ser um pouco mais fechado e ele sempre mais "chapelão".

Nunca tocamos juntos, e não foi por falta de convite da parte dele, mas é que nunca me senti na altura de tamanho talento, sempre me senti nervoso com sua presença, apesar de em nossos encontros ele sempre me puxar para cantar alguma e eu relutar... E pra me deixar a vontade, me chamava carinhosamente de "goela de ouro"... 

O Paulo era um cara verdadeiro, sincero, dizia "na lata" realmente o que era para ser dito, tanto de bom quanto de ruim, se fosse perguntado. Se você era digno de elogio, seria elogiado, senão fosse, ele te diria na cara. Ao mesmo tempo sabia reconhecer seus erros quando cometia uma injustiça e tinha caráter para pedir sinceras desculpas... 

Era o cara da festa, animador (junto com a Márcia), falava alto, ria alto, falava palavrões, que as vezes me incomodavam, mas era o jeito dele. Então ele me olhava, olhava pro Paganella e dizia "O Paim tá puuuto do cara!!" (Uia Paulo...). Gostava de ter os amigos por perto, principalmente em seus aniversários, que sempre eram épicos.... agora vai ficar este vazio em nossos churrascos ou confraternizações no Driwk´s... vai ficar mais silenciosos. Por um bom tempo, será difícil.

Afilhado e "Dindo"
Enfim. O Paulo foi (é) meu amigo/irmão, mestre, ídolo e além de tudo, o tínhamos na família como padrinho do meu filho, do qual fez questão de vir visitar no começo do mês em seu aniversário, mesmo com a saúde debilitada. "Eu sou um péssimo dindo" ele dizia, ele tinha essa mania de se rebaixar. Mas não Paulo, tu foi um exemplo de padrinho, tirando uma vez que tu confundiu o afilhado com o irmão dele (risos), mas tenho que dar um desconto, aqui são tudo igual.

Paulo, fica aqui meu agradecimento por tudo que fez por nós, pela música, pela amizade, por ter me tratado com tanto respeito e afeto. Minha fé me permite dizer a você um "Até logo, faça uma boa viagem. Um dia nos falamos..."
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Agora quero relembrar um pouco de sua trajetória, vídeos, músicas e entrevistas que fiz com ele:

MATÉRIAS

VÍDEOS:

FEAR RITUAL (1995)



NAJA (2004)



ALMAH (2008)



ASTAFIX (2009)




HAMMER 67 (2010)





ALMAH (2011)





PAULO SCHROEBER (2011)



VÍDEO AULA



THE TRUE MEANING OF LIFE (Participação)



PANTERA COVER (Natal do Metal 2013)



GOODBYE MY FRIEND, SEE YA!!!




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