[Resenha] Rock in Rio 2013 - Quinta-feira - (19/09/2013)

[RESENHA] Por Marco Paim

Quando vi a programação do Rock in Rio para o dia 19 fiquei bem empolgado, só banda foda! Abaixo vou comentar as minhas impressões da cada show, e já lembro que é MINHA opinião e pode ser contrário a sua.

REPÚBLICA + ROY Z + DR. SIN 


Foto: Luciano Oliveira (G1)
Infelizmente, quando comecei a assistir a banda já estava tocando a algum tempo, mas achei muito interessante o REPÚBLICA, uma banda que não conhecia, confesso. E ver Roy Z tocando junto me despertou mais ainda a curiosidade, pois ele não tocaria com qualquer um. Os caras fazer um heavyrock pesado e nervoso, vou tentar conhecer mais, acho que vai valer a pena.
Depois veio o DR. SIN e juntou-se ao REPÚBLICA para, logo de cara, meter um cover do JUDAS PRIEST, "Breaking the Law". O REPÚBLICA deixa o palco para o DR. SIN seguir adiante e, meu amigo, Andria Busic canta demais!! Sem contar a grande performance da Edu Ardanuy, que sempre arregaça. Mas quem roubou a cena mesmo foi o batera, Ivan Busic, que contagiou o show com a sua explícita alegria e empolgação. Principalmente quando tocaram junto com o REPÚBLICA, no retorno final, a música "You Really Got Me" do KINKS, mas eternizada na versão do VAN HALEN, onde Ivan assume os vocais e ataca de front man, passeando pelo palco e agitando a galera. 
Foi show muito foda!!

ALMAH + HIBRIA


Esse show era uma das minhas maiores expectativas. 
Primeiro entrou no palco o ALMAH, e o que vi foi uma banda nervosa, mas que executou muito bem as músicas, a parte instrumental estava foda. Infelizmente, Edu Falaschi não fez um bom show, sua voz sumia a todo o momento e o nervosismo estava evidente em seu rosto e em suas palavras. Fiquei um pouco triste até, a pressão estava grande em cima dele depois do último show do ANGRA, e essa seria sua "redenção", mas não rolou. Cheguei a até pensar em problemas técnicos, mas essa teoria caiu por terra quando entrou o HIBRIA.
Sai ALMAH e entra o HIBRIA, que já começa arregaçando com "Silent Revenge", superando todas as minhas expectativas, e mostrando o seu poder de fogo! Em seguida, "Shoot Me Down", "Silence Will Make You Suffer", "Blinded By Faith", essa com a participação de Edu Falaschi, e para fechar, a porrada "Tiger Punch". Em toda a presentação, o HIBRIA mostrou que, além de uma banda super competente e entrosada, possui um dos melhores vocalistas e frontman do mundo! Iuri Sanson matou a pau com seu carisma e uma voz que parecia não ter fim, potência máxima. Espero que depois desse show a banda tenha o devido reconhecimento de que merecem.

SEBASTIAN BACH

Foto: Vinícios Pereira (Jornal do Brasil)
Péssimo e deprimente!
O que vi foi um vocalista desafinado e berrando como se estivessem matando um porco no palco! Cheguei a sentir vergonha alheia. Mesmo assim assisti todo o show, ou melhor, até quando o Multishow benditamente cortou a transmissão para transferir ao palco mundo.
Não acompanho a carreira dele desde sua saída do SKID ROW, mas por tudo que falam na mídia, ou o que ele mesmo fala, achei que ia ver um puta vocal no Sunset.
Até os bichos aqui saíram correndo!


SEPULTURA + LES VTAMBOURS DU BRONX


Foi um show fantástico!!
O repertório me pareceu o mesmo do último Rock in Rio, mas dessa vez era no Palco Mundo, e muito bem merecido. Todavia, na minha opinião, o SEPULTURA deveria ter tocado seu próprio show, ou pelos menos, o TAMBOURS deveria ter feito apenas uma participação em algumas músicas. Achei que roubou muito das músicas, deixando tudo muito instrumental e barulhento, apesar de ter ficado muito legal. Destaque para os timbres das guitarras do Andreas Kisser, que tocou demais!

ROB ZOMBIE

Foto: Luciano Oliveira/G1
Esse show me impressionou, já que não acompanho a carreira de Rob. Tanto a sonoridade, quanto o visual, com muitas luzes e maquiagens, estava perfeita. E o carisma de Rob é impressionante, o cara consegue hipnotizar o público. Inclusive, em muitos momentos ele desceu do palco e foi de encontro a galera. Foi muito massa! Era um show que deveria ter sido no Palco Mundo, trocando com o GHOST B.C.

GHOST B.C.

Foto: Flávio Moraes (G1)
O GHOST é uma banda que divide opiniões e cria polêmica, e essa é uma grande sacada deles.  Uma banda que tem alguns riffs interessantes no primeiro álbum, mas não passa disso, e pra mim me soa muito infantil com aquelas letras "satânicas", visual "clero do mal", mistério de identidade e blá, blá, blá.... Independente disso, procurei ver o show e, apesar de impressionar à primeira vista, logo em seguida, trouxe a monotonia e o sono. Na 4ª ou 5ª música eu literalmente dormi, e acordei no final da entrevista dos músicos com a sem noção da Titi.
Então é isso, achei muito fraco, e como já falei diversas vezes, estão dando muito pra tão pouco...

ALICE IN CHAINS


Aí sim!! Que showsaço!!
Apesar do ALICE IN CHAINS ser uma uma banda mais depressiva e arrastada em muitos momentos,ao contrário do GHOST, eles ganham na emoção, na poesia, nos riffs geniais e solos de guitarra com muita melodia e sentimento, a cargo da lenda Jerry Centrall, que mandou muito nos vocais também. E falando nisso, Willian DuVall foi outro destaque da noite, o cara cantou muito, não deixou comparativos com o saudoso Layne Staley, o cara matou a pau na performance e carisma!
Tanto em músicas antigas, quanto nas novas, tanto DuVall quanto a banda em si, soube manter o pique e o clima em um mesmo nível o show inteiro.Um show memorável.

METALLICA


Enfim chega a grande atração da noite.
Com um pouco de atraso, o METALLICA sobe ao Palco Mundo com sua tradicional introdução, já arrancando lágrimas de muitos no público, para logo em seguida desfilar um repertório recheado de grandes clássicos da primeira fase, e também algumas surpresas, ao menos pra mim.
A banda já começa com "Hit the Lights", minha primeira surpresa, quebrando tudo, e logo em seguida "Master of Puppets" para mostrar a que veio. Além dessas, outras músicas que fazem parte do repertório usual foram executadas, como "Sad But True", "From Whom the Bell Tolls", "One" e "Creeping Death". Mas o que me chamou a atenção foi a quantidade de músicas do "... And Justice for All", como a longa faixa título, muito bem executada, "Blackened" e "Harvester of Sorrow". Ou seja, o repertório foi calcado na "fase de ouro" da banda, deixando de lado os álbuns "Load" e "St. Anger" e epenas executando uma do "Reload", a "The Memories Remains", e uma do "Death Magnetic", a "Cyanide".
Individualmente falando, James deu um show, cantando e tocando pra caramba e mostrando muita simpatia com o público, mas passou por um momento constrangedor quando perguntou se o público havia gostado da banda GHOST, do qual é fã assumido, e teve um sonoro "Não!". Ele quebrou o gelo dizendo que o pessoal havia se assustado com eles e mudou de assunto, mas ficou incomodado, com certeza.
Kirk Hammet foi outro que mandou muito, e não sei porque malham tanto o cara, ele toca pra caramba. Da mesma maneira foi o Robert Tujillo, mandou muito.
Mas não posso falar a mesma coisa do Lars, que em muitos momento perdeu o ritmo e andamento, fez muita firula desnecessária e me pareceu que nem tocou o bumbo em algumas músicas... A parte clássica de "One" foi um fiasco! Se a desculpa for a idade para tanto desleixo com o instrumento, não cola. É estranho para uma banda deste tamanho.
Enfim, mais um show épico do METALLICA, que mostra mais uma vez a sua importância na história do rock/metal

Um dia fantástico no Rock in Rio 2013!







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