[Resenha] QUEENSRYCHE - "Queensrÿche" (2013)

(Editor / Redator / Músico)
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2013 está mesmo sendo um ano de agradáveis surpresas e do retorno as origens. Após a saída do vocalista Geoff Tate de forma turbulenta em 2012, com acusações e processos judiciais dos 2 lados, a banda trata logo de recrutar Todd La Torre, então vocalista da banda CRIMSON GLORY (agora não mais) para o posto.

Na verdade, antes mesmo de Tate "sair" da banda, os restante dos integrantes já havia montado um outro projeto com La Torre, o RISING WEST, tocando apenas os primeiros 4 primeiros álbuns do QUEENSRYCHE, uma espécie de banda cover com os próprios músicos (O.o). Então as especulações sobre a possível saída de Tate começaram a surgir, e se concretizou mais tarde. O restante do grupo então não teve trabalho algum, e logo assumiram La Torre como o novo frontman.

E chega finalmente o tão esperado álbum do verdadeiro QUEENSRYCHE, o simplesmente "Queensrÿche". O nome do álbum já sugere uma renovação, um recomeço, e é exatamente o que encontramos neste álbum maravilhoso. A banda volta no tempo e relembra o que fez de melhor nos seus anos de ouro, revigorada, com o resgate de sua sonoridade e, acredito, até de sua auto-estima, que estava fadada a falência..

Aqui vemos muitas referências a sonoridade que mescla entre "Rage for Order", "Operation: Mindcrime" e "Empire", seus maiores álbuns. E tem mais, para trazer esta sonoridade de volta, quem cuidou da produção do álbum é ninguém menos que James "Jimbo" Barto, o mesmo que produziu o "Operation: Mindcrime" e o "Empire".

"X 2" é uma pequena introdução, de pouco mais de 1 minuto, faz um belo clima para então entrar "Where Dreams Go To Die" destruindo. É uma música que tem um pouco de "OMC", mas lembra muito as harmonizações do álbum "Empire". O refrão, cadenciado, é muito emocionante, e quero ressaltar aqui uma coisa que ficará evidente em todo o álbum, a semelhança vocal de La Torre com o Geoff Tate do começo dos anos 90. Com certeza a influência é clara.

As características que marcaram a história da banda, a mistura do metal tradicional com flertes ao progressivo, estão bem acentuadas, como na música seguinte, "Spore", e as pesadas "Redemption" e "Vindication". No clima "Empire" e "Promised Land"  temos "In the Night" e a bela e atmosférica "A World Without", duas ótimas músicas com performances emocionantes de La Torre. E puxando para um "OMC" temos a música "Don´t Look Back" que lembra muito a vibe de "Spreading the Desease" e a fantástica, rápida e pesada "Fallout", que com certeza sintetiza essa nova fase da banda, um retorno triunfal as origens. 

E não posso esquecer a música que fecha o álbum, a maravilhosa "Open Road", uma balada pesada que só o QUEENSRYCHE sabe fazer, com a aquele clima de "Road to Madmess" e "Anybody Listening", é um som emocionante, com mais uma ótima atuação de Todd La Torre.

Um álbum que com certeza absoluta, agradou e satisfez aos mais fãs da banda, como eu, que não via um lançamento relevante à quase 2 décadas. Quem estava ansioso por este grande lançamento de 2013, e principalmente, como iria soar a banda com o novo vocalista, não vai se decepcionar, Whip, Rockenfiled, Jackson e Lundgren acertaram em cheio!!!. QUEENSRYCHE is back!!!



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QUEENSRYCHE - "Queensrÿche" (2013)
Tracklist
01. X 2
02. Where Dreams Go To Die
03. Spore
04. In This Light
05. Redemption
06. Vindication
07. Midnight Lullaby
08. A World Without
09. Don't Look Back
10. Fallout
11. Open Road

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Line-up
Todd La Torre - Voz
Michael Wilton - Guitarra
Parker Lundgren - Guitarra
Eddie Jackson - Baixo
Scott Rockenfield - Bateria




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