SLOW BRICKER: Lança Álbum "My Answer to Everything"‏

Por Sabrina Didoné

Uma simples pedra solta na calçada, que espirra água nos pedestres que nela pisam inadvertidamente em dias de chuva, desencadeia toda a inspiração para um álbum. É como se relacionasse com a teoria do caos: algo simples que ocorre aqui, como o bater das asas de uma borboleta, ocasiona catástrofes, como um furacão, em outros lugares. É esse o papel da “pedra surpresa” no caminho: dar origem a uma verdadeira enxurrada de ideias na cabeça do vocalista e compositor do Slow Bricker.
"My Answer to Everything", primeiro CD da banda caxiense, é, de fato, a resposta a tudo o que o power trio quis representar com a sua obra. A produção musical do disco é assinada por Roger Fingle. A gravação, masterização e mixagem foi feita no Estúdio Nitro. Assina a arte gráfica o próprio vocalista, Lucas Lizot, e as fotos da capa e contracapa são de Cristiano Dalla Rosa e Daniel Schüür.
Custeado pelo Financiarte, da Prefeitura de Caxias do Sul, o álbum vai ser lançado no dia 26 de maio, às 23h, no Aristos London House, junto ao Clube Juvenil (Avenida Júlio de Castilhos, 1677). Os ingressos custam R$8 feminino e R$10 masculino. Neste dia, será comercializado o CD por um preço promocional: R$5. O show também terá uma banda convidada, a Loomer, de Porto Alegre. No evento, haverá sorteios e exposição de produtos das seguintes marcas: Kollector, Polvo Store e Poison Candy. Pipocas doces e salgadas serão distribuídas a vontade para o público ao longo de todo o evento.

Conceitos

A enxurrada de ideias iniciais que surgiram na mente do vocalista acabou por trazer inspirações que fundamentaram todo o álbum da banda. Cada pequeno detalhe, do nome da banda, até cada frase de cada letra, tem uma explicação racional. A arte da capa, então, merece uma descrição a parte: a foto mostra uma pessoa que não desvia da pedra solta na calçada, pois o que quer é romper com o que é certo, quer encontrar a surpresa. Só que acaba se molhando antes mesmo do contato com a pedra, é a reação que antecipa a ação. Esse surrealismo, que norteia o trabalho como um todo, teve inspiração até no importante pintor espanhol Salvador Dalí.
Todo o encarte do CD se utiliza do preto e branco, focando a ação. Para cada uma das 12 músicas há um desenho diferente, que se interliga com a letra. A contracapa traz a foto um velho palhaço triste, que remete a alguém que tenta trazer alegria, mas que está esquecido em um lugar vazio.
A pedra, que está solta porque não se encaixa na calçada, é uma analogia a quem não se enquadra nos padrões da sociedade, e representa o âmago da motivação que faz o Slow Bricker produzir suas músicas. Para quem age sempre do mesmo jeito correto, e quer evitar surpresas, as coisas que acontecem ao redor passam despercebidas, como quando a calçada é bem feita e não absorve a água. A pretensão das músicas é que a sua mensagem molhe alguém, surja identificação e traga significado para o ouvinte.
As letras também seguem esse rumo, fazendo críticas a fatos do cotidiano, incentivando a reflexão e a liberdade. Mas as mensagens estão subentendidas, são subjetivas para que o público busque a sua própria compreensão.
O som do Slow Bricker remete ao rock dos anos 90, mas sem deixar de soar contemporâneo. Fugindo do grunge tradicional, a base se mistura com a cultura pop daquela década, como o desenho Beavis and Butthead. O gosto por bandas como Hüsker Dü, Fugazi, Alice in Chains, Queens of Stone Age, Tool e Pixies ficam evidentes na sua sonoridade.


No blog da banda (http://slowbricker.wordpress.com/) é possível acompanhar os diários das gravações de seu primeiro CD, atualizado semanalmente com novos vídeos e imagens.


No endereço http://soundcloud.com/slowbricker é possível ouvir algumas músicas do CD.



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