[Resenha] SLOW BRICKER: Show no Vagão Bar - 30/09/11

[Resenha] Por Marco Castelan
A noite começa, mas o bar continua vazio. Passam-se 30 minutos desde a abertura do vagão, onde tocariam duas bandas da Seattle brasileira, Caxias do Sul. De cara encontro a galera do Slow Bricker nos fundos do bar, carregando equipamentos e afins, e apesar do cenário pós-apocalíptico e não haver uma alma viva vagando pelo local, Lucas Lizot, Rafael Ritter e Jonas Bustince parecem… Bem, parecem nervosos, mas muito ansiosos pelo concerto. Depois de deixar tudo prontinho, a banda fica a espera trocando idéia com amigos e desbravando muitas polares. É meia noite e nada das bandas começarem. Passam-se mais algumas dezenas de minutos e a migração ao palco se inicia. A abertura do som na madrugada caxiense começa com Os canalhas, que não mexeu com os ânimos do publico, muito menos daqueles que não conheciam os hit da banda. Já são 2h da manhã e a banda Os canalhas deixa o palco, sai com os instrumentos e no meu ver, leva consigo o publico, que antes não passava das 40 pessoas, e que agora decai para miseras 13 pessoas, contando o cara da copa e o segurança. Mas para quem acha que isso desmotivou a galera do Slow Bricker, está enganado.
set list
Sem combinar nada, a madrugada reservou um mini temporal, devastando árvores pequenas, o que eu descobriria apenas por volta das 4h30 da manhã, caminhando os 4km que distancia a Julio de Castilhos da minha casa. O cenário da madrugada caxiense condiz com o som do baixo supersaturado de Rafael Ritter que botou tudo abaixo com “Lost in Yellow” logo de cara. Na seqüência o aclamado “Idea” com o refrão rasgante na voz de Lucas Lizot. Com o publico reduzido para pouco mais de 10 pessoas, a impressão causada era de um concerto de rock privado, apenas para os íntimos da banda. Quase isso. Com muita presença de palco posso assim dizer, a entrada de um megafone brindou a noite fazendo os poucos, mas muito inquietos fãs, pularem com sonoridades a la QOTSA. Para selar a noite, a distorção experimental trouxe um pouco de Sonic Youth aos ouvidos da galera. O show foi uma pré-divulgação do disco “My Answer to Everything” que em breve estará nas mãos dos queridos fãs. Enfim uma banda de Stoner rock. E se depender da qualidade que a banda impõe ao publico seja ele formado por uma dezena de pessoas, o Slow Bricker não deixa dúvidas de que continuará a fazer o que mais fazem de melhor: muito barulho!

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