[Resenha] RAGE - "Unity" (2002)

[Resenha] Por Marco Paim

Fala galera!!! 
Hoje trago a vocês um dos álbuns que mais ouvi na última década, e é de outra banda da Alemanha, o Rage.
Apesar de não ser uma banda muito conhecida e já terem tocado aqui pelo Brasil, essa banda já tem uma vasta história (o primeiro registro é de 1985) e um grande reconhecimento na Europa como uma das melhores de power/trash metal.
"Unity" foi lançado em 2002 e tras um Rage maduro e com a melhor formação de toda a sua história, com o fundador Peavy Wagner, baixo e voz, Victor Smolski, um dos melhores guitarristas da face da terra, e o monstro Mike Terrana na bateria. A criatividade e a técnica da banda neste disco é de surpreender, Victor Smolski faz solos incríveis e fora dos esteriótipos deixando você de queixo caído a cada som escutado.
O álbum abre com a belissima "All I Want" que tem uma introdução no estilo marcha e logo vem o riff poderoso de Smolski, e é ai que a coisa fica legal, quando tu pensa que é mais um riff metal comum Victor surpreende com uma técnica muito usada em músicas country, o que deixa a coisa muito interessante. 
"Insanity" é mais direta e pesada, aliás o álbum todo é muito pesado, com uma afinação baixa, essa eu considero a única faixa "fraca" do álbum, mas que mesmo assim tem coisas muito legais, principalmente na parte de guitarra.
Em seguida em outra top do disco, "Down", pesadíssima e com uma pegada de estremecer quarteirões. Você poderá notar que o destaque deste álbum será sempre a versatilidade e a criatividade do guitarrista, que estava espiradíssimo para compor esta obra prima. 
A melhor música do álbum, "Set This World On Fire" começa com um dedilhado de guitarra e um vocal melodioso, logo depois vem mais um poderoso riff e uma pegada de batera fôda pra caramba, isso sem contar o refrão que é um verdadeiro hino!
Outra coisa a se destacar neste trabalho é a limpesa e técnica vocal de Peavy, que já vinha demonstrando evolução desde o álbum "XIII" (1998) e da qual alcançou o seu ápice.
Daqui pra frente só vem sonzeira, "Dies Irae" é outra música destaque, ela começa com um coral e se transforma num daqueles sons que o cara quer ouvir todo os dias. E o solo de guitarra? Já falei que Victor é fôda? hehehe
"World of Pain" traz novamente um metal mais direto, um trabalho de guitarra fora do comum e uma melodia vocal mais grudenta, até um pouco mais comercial. 
"Shadows" é um som instrumental de guitarra e teclado com uma melodia marcante, ela faz a cama e serve como introdução para "Living My Dream", outra porrada, com um levada mais rocker, mas muito, muito, pesado. O refrão é a mesma melodia da guitarra da música anterior.
Agora vem um verdadeiro power metal, pesado e rápido, como nos velhos tempos, a música "Seven Deadly Sins" é uma sonzeira só, daquelas de bater cabeça e ficar atordoado. E o Rage não deixa a peteca cair, depois de perder o fôlego em "Seven..." a música seguinte te deixa mais louco ainda, "You Want It, You´ll Get I" é outro som rápido e pesado, mas o destaque fica para os 2:17min de música quando a banda toca uma peça clássica ao estilo Malmsnteen só que com muita personalidade.
Bom, o nome do álbum diz tudo, ele é um trabalho perfeito e com uma unidade musical e entrosamento fora do comum, e isso eles deixam claro no último som e que dá nome ao álbum, "Unity", um som instrumental onde o power trio desfila sua técnica ao extremo, fugindo até mesmo do contexto do resto do trabalho e fazendo um lance mais prog que lembra o Dream Theater em seus tempo áureos. Nela todos fazem o seu solo.

Veja o vídeo:

Há ainda, no meu caso, um bônus track, a música "Mystery Trip", bem comercial e grudenta, mas que não é muito interessante.
Um som perfeito para definir todo o trabalho e o momento em que vivia a banda naquela época.
Perfeito!! Eu Recomendo!

RAGE - Unity (2002)

01 - All I Want
02 - Insanity
03 - Down
04 - Set This World on Fire
05 - Deis Irae
06 - Worldof Pain
07 - Shadows
08 - Living My Dream
09 - Seven Deadly Sins
10 - You Want It, You´ll Get it
11 - Unity
12 - Mystery Trip (bônus track)



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